Os nove membros da Comissão Estadual da Memória e Verdade têm a primeira reunião marcada para a próxima segunda-feira (4), na sede da OAB-PE. O grupo foi instalado nesta sexta (1º) com a sanção do governador Eduardo Campos ao Projeto de Lei do Executivo de nº 840/2012 e deve, a partir de agora, apurar e esclarecer crimes de sequestro, morte, desaparecimento e tortura no período da ditadura de 1964 e do Estado Novo (1937/46), ocorridos em Pernambuco ou contra pernambucanos, mesmo que fora do Estado.
“O encontro servirá para estruturar a Comissão”, destacou o coordenador do grupo e ex-deputado, Fernando de Vasconcelos Coelho. O outros integrantes são: Henrique Mariano, Humberto Vieira de Melo, Roberto Franca, Manoel Moraes, Socorro Ferraz, Nadja Brayner, Pedro Eurico de Barros e Gilberto Marques. Conforme prevê a Lei, seis membros foram indicados pela sociedade civil e três pelo governador Eduardo Campos, auxiliado pelo secretario da Casa Civil, Tadeu Alencar.
Para o coordenador, Pernambuco foi um dos Estado que mais sofreu com a Ditadura Militar. “A sociedade aqui estava à frente do seu tempo. A história aqui andava mais de pressa”, declarou mencionando o nome do ex-governador Miguel Arraes, que atuou em favor da democracia nos “anos de chumbo”.
Sem revanche
O coordenador ainda destacou que Pernambuco foi um dos Estados que mais sofreu com a ditadura militar. “Aqui, a sociedade estava à frente do seu tempo. Aqui, o tempo passava mais apressado”, destacou mencionando o ex-governador Miguel Arraes, que lutou contra o regime nos anos de chumbo. Fernando de Vasconcelos Coelho também comentou que a comissão estadual vai “dialogar, fazer um constantes intercâmbio” com a nacional instalada na mês passado pela presidente Dilma Rousseff.
Aliás, o discurso do governador Eduardo Campos foi bem parecido com o de Dilma ao defender que o intuito do grupo não é fazer uma revanche. “Caberá à Comissão enviar aos poderes constituídos, ao Ministério Público e à Justiça desse País todos os crimes que tiver conhecimento e todos aqueles que em nome do Estado, sujaram as mãos de sangue e violaram os diretos humanos”, sentenciou. (Do Blog de Jamildo c/foto)
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