A falta de médicos é uma
reclamação constante em várias cidades brasileiras. Basta ligar as emissoras de
rádio para ouvir denúncias de todas as partes. A problemática foi tema do
pronunciamento do senador Humberto Costa (PT-PE) nesta quarta-feira (20). Para
o parlamentar, apesar do aumento do número de médicos no Brasil, a má
distribuição desses profissionais pelo país ainda é um desafio.
O parlamentar comentou os dados do 2º Estudo Demografia Médica
no Brasil, divulgado na última segunda-feira (18) pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM). O levantamento aponta que o número de médicos para cada grupo
de mil habitantes na região Sudeste é mais que o dobro do Norte. Enquanto que
em Vitória (ES) o número de médicos por mil habitantes é de 11,61; em Macapá
(AP), o índice é de 1,38 médicos, abaixo da média nacional. “Existe no Brasil uma carência
de médicos, principalmente em áreas mais afastadas das grandes capitais”,
observou o senador.
A situação é ainda pior, segundo o senador, quando observada
exclusivamente a taxa de médicos por habitantes no Sistema Único de Saúde
(SUS). Ela é a metade da taxa média apresentada no país. O trabalho mostra que
nos serviços públicos a razão é de um 1,11 médico para cada mil habitantes. “O quadro de falta de
profissionais é ainda mais alarmante no SUS e é, portanto, a população mais
carente, que usa exclusivamente o serviço, a que mais sofre”, disse o senador.
Soluções
Para
o senador, o governo federal está atento ao problema e desenvolve iniciativas
para melhorar a distribuição de profissionais no país, como a criação do
Programa de Valorização dos Profissionais na Atenção Básica (Provab), que
estimula a atuação de profissionais em periferias e municípios do interior.
Humberto Costa também se posicionou favorável ao Projeto de Lei
do Senado (PLS) 399/2011, que trata da revalidação de diplomas emitidos por
instituições estrangeiras de ensino superior. “Porém, defendo que a
revalidação de diplomas não ocorra de forma automática. É preciso também
garantir que os médicos estrangeiros venham trabalhar em regiões com maior
déficit”, destacou. (Fonte/foto: assessoria parlamentar)
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