O senador Jarbas Vasconcelos (PMDB)
afirmou na tarde deste sábado que o governador Eduardo Campos (PSB) é
"dissidente" do governo Dilma Rousseff. O peemedebista não quis
opinar, porém, sobre quando deve acontecer o rompimento entre PSB e PT. A
respeito da entrega dos cargos ocupados pelos socialistas no governo federal,
Jarbas afirmou que isso depende de Eduardo. "Ele tem a hora dele",
frisou.
O governador se sentou na mesa
principal do chamado "cozido da reconciliação", que ocorre na casa de
praia de Jarbas, no Janga, (Paulista). O almoço, preparado pessoalmente pelo
peemedebista, sela, agora no âmbito gastronômico, a reaproximação entre os dois
líderes que por décadas foram antagonistas na política de Pernambuco.
A reunião em torno da mesa de Jarbas
se tornou uma tradição nos últimos anos. Na sua casa de praia ele costumava
receber aliados que faziam oposição a Eduardo. Hoje, porém, os socialistas
foram recebidos com tapete vermelho. Estão no Janga, o prefeito do Recife,
Geraldo Julio, e os secretários estaduais de Cidades, Danilo Cabral, e de
Agricultura e Reforma Agrária, Ranilson Ramos, além do líder do governo na
Assembleia, deputado Waldemar Borges.
O presidente do Legislativo estadual,
Guilherme Uchoa (PDT), assim como os comandantes do Tribunal de Justiça,
desembargador Jovaldo Nunes, e do Tribunal de Contas do Estado, conselheira
Teresa Duere, também foram convidados. O ministro do Tribunal de Contas da
União José Múcio Monteiro é outro convidado ilustre. O senador Armando Monteiro
Neto (PTB) também compareceu ao almoço.
Eduardo, presidenciável em plena
pré-campanha, não quis comentar o resultados de pesquisas de intenção de voto
que colocam a presidente Dilma Rousseff na dianteira. Sobre o cozido, disse
estar feliz por encontrar velhos amigos.
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