O governador Eduardo Campos (PSB)
alertou nesta terça-feira (2), durante a 17ª reunião ordinária do Conselho
Deliberativo da Sudene, em Fortaleza, para a necessidade de obras de
infraestrutura e políticas públicas para o convívio com a seca. O tema já havia
sido tocado no último encontro, ocorrido no mês de novembro, em Salvador, e na
visão do governador, é preciso avançar na tomada de decisões, por conta do
cenário que está posto.
“Estamos vivendo o
repique da seca. Acabou o período chuvoso de uma grande parte do semiárido
nordestino. Vamos entrar numa jornada de verão com os reservatórios com pouca
água, sem uma perspectiva de um bom inverno na outra parte do semiárido. Tudo
isso vai exigir obras emergenciais e um olhar estratégico sobre o futuro, sobre
como nós vamos recompor essa economia que foi devastada por essa seca”, disse o
governador.
No encontro, o governador do Ceará,
Cid Gomes, falou em nome de todos os governadores do Nordeste e apresentou à
presidente Dilma os pontos colocados pelos gestores. Segundo Eduardo, o ponto
fundamental é dar condições para que o homem do campo atravesse o período de
estiagem sem tamanho trauma.
“Hoje já não se tem
o trauma que se tinha há 50 anos, no que toca a questão da fome, das pessoas
terem que se retirar das cidades onde moram. Mas o que essa estiagem demonstrou
é que a base econômica ainda está desprotegida. E precisamos de obras de
infraestrutura e políticas públicas que protejam essa base econômica, com
inovação tecnológica, com melhoria da qualidade do nosso rebanho”, explicou.
Olhar sobre a
economia
Ainda segundo o governador de Pernambuco,
é preciso ter clareza de que o processo da recomposição da economia tem que ser
pensado desde já.
“A seca esteve na
zona rural com grande gravidade e agora os governadores estão dizendo que
várias cidades estão ficando num colapso absoluto. Isso vai exigir obras
emergenciais, com um fluxo diferenciado de recursos. Estou falando de cidades
de 20 mil, 30 mil e até 80 mil habitantes, que correm o risco de ficar sem
nenhuma fonte de abastecimento d’água. É preciso desburocratizar, para que se
efetive as obras e se garanta a travessia até que os reservatórios sejam
repostos”, sugeriu. (Fonte/foto: Secom-PE)
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