O escândalo do metrô em São Paulo, que envolve políticos tucanos numa fenomenal trambicagem, perturba a candidatura de Aécio Neves ao Planalto. O governador paulista Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra, envolvidos até o talo na fraude, centrada na distribuição de propinas por parte de empresas que controlam o metrô de São Paulo, não convencem nos seus argumentos.
A documentação conseguida pela mídia, a partir de reportagem da revista ISTOÉ, é implacável e irrefutável. Na capa da edição que está nas bancas, a revista comprova que os tucanos de alta plumagem sabiam de tudo. E exibe documentos do Tribunal de Contas e do Ministério Público que há cinco anos alertam o Governo paulista sobre as fraudes nas licitações.
Descobre, ainda, 11 indiciados pela Polícia Federal ligados ao propinoproduto do PSDB, encontra ramificações do esquema operando também em Brasília envolvendo os ex-governadores Joaquim Roriz e José Roberto Arruda e aponta um novo rico do superexecutivo que a Siemens, empresa responsável pela venda de trens ao metrô de São Paulo, demitiu por causa das propinas.
O propinoduto do tucanato paulista é resultado do superfaturamento em contratos do Metrô e dos trens de São Paulo, arquitetado por multinacionais que se organizaram em cartel para fraudar seguidas concorrências durante quase 20 anos.
Eram distribuídos até percentuais de 30% no achaque, num esquema que atravessou os governos dos tucanos Mário Covas, José Serra e Geraldo Alckmin. E que tinha triangulação com empresas offshores uruguaias.
Serra e Alckmin disseram que o Estado é vítima pela formação do cartel. Repetem Lula, que reagiu de forma teatral diante das provas do mensalão, cujo julgamento condenou vários de seus assessores mais próximos. Quem vai pagar o pato é Aécio, o candidato tucano ao Planalto. (Magno Martins)
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