O senador Armando Monteiro Neto (PTB) entregou os cargos que o partido ocupava no Governo e seu gesto foi interpretado como ousado e coerente. Diferentemente do PT, que insiste em não largar o osso, apesar da posição de confronto do governador Eduardo Campos com a legenda no plano nacional, o PTB agiu na hora certa.
Sabe Armando que, a esta altura, com Eduardo alinhado à Marina na corrida presidencial, dificilmente sua candidatura a governador teria acolhimento no Palácio das Princesas. O caminho do PTB, a partir de agora, será outro: tentar atrair o apoio do PT.
A direção nacional do PT já revelou, por diversas oportunidades, que quer entrar no jogo com um time competitivo, para derrotar o candidato do PSB. Liderando as pesquisas em todas as regiões do Estado, Armando é a mão na luva para o PT.
Se a aliança vier de fato a ser fechada, sua estratégia é ter na vice um candidato com forte inserção na Região Metropolitana. Entre os quadros petistas, o mais indicado para fechar a chapa de oposição seria o deputado João Paulo.
Este é o desejo de Armando e de seus aliados e deve passar a ser também da cúpula nacional petista depois das declarações do ex-presidente Lula, de que gostaria de ver o PT apoiando Armando.
A entrega dos cargos, portanto, coloca o senador trabalhista na trincheira da oposição e a partir de agora, com uma postura independente em relação ao Governo Eduardo, o senador terá amplas condições de azeitar o seu discurso e falar grosso como candidato de oposição.
RETALIAÇÃO– Ao anunciar, ontem, o corte de quase mil cargos comissionados, o governador Eduardo Campos (PSB) deu uma sinalização clara de que a medida é consequência do fechamento das torneiras federais. Candidato a presidente, sabe o socialista que Dilma terá uma postura diferenciada a partir de agora em relação ao Estado. Na prática, o Governo vai retaliar e o Estado sairá perdendo.( Da Coluna de hoje no Blog do Magno).
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