* Virada a página das eleições municipais de 2012, os partidos se
voltam para 2014. Em consequência, Dilma Rousseff terá de dedicar mais atenção
a uma atividade pela qual tem pouco apreço: a negociação política. As urnas
recém-abertas como que impuseram à presidente uma antecipação do calendário.
* Por quê? Surgiu uma ameaça real à unidade do bloco partidário
que gravita em torno do governo, disse ao blog um auxiliar de Dilma, presente
aos festejos do triunfo de Fernando Haddad, em São Paulo. A emeaça
chama-se Eduardo Campos, governador de Pernambuco e presidente do vitaminado PSB.
* De acordo com a leitura que se faz no Planalto, Eduardo passou a
cultivar um projeto cuja lógica coincide com a que norteia os planos de outro
potencial adversário de Dilma, o tucano Aécio Neves. Passa por dois eixos: o
agravamento da crise econômica e a atração de partidos médios que integram a
coligação governista.
* Ficou entendido o seguinte: se o preço da fidelidade de Eduardo
Campos for o sacrifício da proeminência do PMDB na aliança governista, Dilma
não está disposta a pagar. Admite-se rever as posições do PSB na engrenagem de
poder, potencializando-as. Mas eventuais concessões à ambição pessoal do líder
emergente teriam de envolver 2018, não 2014.
Do Blog do Magno.
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