sábado, 13 de julho de 2013

Impedimento ético

Recém-empossado conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, o ex-secretário Ranilson Ramos (Agricultura) herdou, consequentemente, todos os processos do ex-conselheiro Romário Dias, a quem sucedeu.
Isso se dá de forma natural, sendo praxe daquela corte. Mas entre os rolos que Ranilson herdou estão às contas do prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), referentes ao exercício deste ano.
Como o conselheiro é de Petrolina e ali, quando atuava na política estava do outro lado do balcão do prefeito, ou seja, na oposição, por uma questão de conduta ética, para que seus atos não venham no futuro a serem questionados, o mais aconselhável seria abrir mão da relatoria das contas de Lóssio.
Existem precedentes no Tribunal. Natural de Canhotinho, o conselheiro Carlos Porto nunca aceitou julgar contas daquele município, que até pouco tempo estava sendo administrado pelo irmão Álvaro Porto.
Ranilson não sabe ainda, na verdade, tudo que herdou de Romário, mas tenho impressão que em relação a Petrolina ele, até por uma questão de bom senso, devolverá a presidente Teresa Duere esse abacaxi.
Argumento para isso tem de sobra. Sendo assim, basta comunicar que se sente impedido de julgar as contas do prefeito e Duere compreenderá perfeitamente, redistribuindo Petrolina para outro conselheiro.
Ranilson pode até não abrir mão, alegando que não tem parentesco com Lóssio, mas o seu julgamento, principalmente impiedoso das contas do prefeito, se for o caso, tende a ser interpretado pelo viés político e não técnico. E aí pega mal!. (Da coluna de hoje/Blog do Magno).

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