A Editora Carpe Diem assumiu a edição do meu novo livro “Reféns da seca”, com lançamento previsto para setembro. É o meu quarto livro-reportagem em 30 anos de carreira. No início da década de 90 lancei “O Nordeste que deu certo”, prefaciado pelo ex-ministro Ciro Gomes, então governador do Ceará.
Foi resultado de uma peregrinação pelos nove Estados nordestinos, num percurso de 10 mil km em busca de projetos econômicos que deram resultados e mudaram o perfil da Região. Vendi 10 mil exemplares. A segunda obra foi no campo social: O lixo do poder. Trata-se de um mergulho deste repórter na periferia miserável de Brasília.
Mostrei o outro lado de Brasília, de famílias excluídas, que disputam com ratos e baratas um local para dormir em favelas que circundam as cidades satélites. O prefácio foi do presidente da Academia Brasileira de Letras, Marcos Vinicius Vilaça. O terceiro trabalho nessa linha foi de natureza política.
“A derrota não anunciada”, lançado em 2003, conta os bastidores da surpreendente eleição para prefeito do Recife em 2000, travada entre um operário e um representante das oligarquias: João Paulo (PT) x Roberto Magalhães (DEM). Uma eleição que, diga-se de passagem, ficou na história, porque teve de tudo inusitado, até uma “banana” aos eleitores.
“Reféns da seca”, por sua vez, resulta de outro mergulho jornalístico deste repórter, nos rincões abandonados do semiárido. No momento em que a mídia ignorava a agonia da maior seca dos últimos 50 anos, este blogueiro percorreu mais de três mil km do território euclidiano, para retratar o caos criado pela longa estiagem.
O livro tem 20 capítulos, narrando o drama de mais de 100 personagens que, ano após ano, continua sob o jugo da seca, nunca deixando de fato de serem verdadeiros reféns do fenômeno climatológico, apesar do longo alcance dos programas sociais.
(Do Blog do Magno Martins)
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