sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Aécio desidratado

Se há um protagonista da sucessão presidencial que tenha saído mais atingido pelo fato novo – a aliança de Eduardo com Marina – este atende pelo nome de Aécio Neves (PSDB).
O engraçado é que, paradoxalmente, o senador mineiro havia acertado na estratégia de assegurar a permanência de José Serra no PSDB.
O que agora, diante do novo cenário, está sendo apontado como algo ruim. Aliado de Marina, Eduardo provoca, consequentemente, uma cizânia dentro do PSDB entre Aécio e Serra, que voltarão a medir forças.
Eleitoralmente, Serra é superior a Aécio pelo fato de aparecer com percentuais acima dele nas pesquisas e estar vinculado a São Paulo, o maior colégio eleitoral do País.
O casamento de Eduardo com Marina, para azar de Aécio, se deu no último minuto da prorrogação, data final para troca de partido.
Momento, aliás, em que Aécio, ao invés de aparecer no ringue, brigando, estava em Nova Iorque, em plena lua-de-mel. Ora, que falta de discernimento político!
Como é que um candidato a presidente se dar ao luxo de se ausentar do País numa fase decisiva, em que se assistiu ao maior troca-troca de legendas da história republicana?
A impressão que ficou é a de que o candidato tucano não está nem aí. Que o mundo exploda, como diria Justo Veríssimo, o fenomenal antipolítico caricaturado por Chico Anysio.
Reza o folclore que mineiro não tem pressa com nada, embora a mineirice na política esteja associada à sabedoria e esperteza.
Neste caso, Aécio não foi sabido nem esperto, contrariando os ensinamentos do seu avo Tancredo Neves.
Aécio perdeu, na verdade, os ventos da mídia, que sopram agora para Eduardo, a grande vedete nacional do momento. (Da Coluna de Hoje no Blog do Magno).

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