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De acordo com pessoas próximas ao ex-ministro, a decisão de Bezerra Coelho de sair da base governamental do PT, apesar do discurso integralista PT-PSB que sempre adotou, teria contado pontos junto a Eduardo Campos, que ainda não decidiu quem será o indicado para disputar a corrida rumo ao Palácio do Campo das Princesas nas eleições de 2014. Além de FBC, outros nomes também estão sendo analisados pelo governador para ocuparem o posto, tais como o ex-deputado federal Maurício Rands – afastado da política desde 2012 – e os correligionários Tadeu Alencar e Paulo Câmara. O vice-governador, João Lyra, que assina sua ficha de filiação ao PSB ainda nesta terça-feira, também tem o seu nome bem posicionado na fila pela indicação.
Entretanto, em relação ao futuro político de FBC, ainda não se tem uma ideia clara. Pessoas próximas ao ministro acham que é improvável que ele assuma algum cargo no governo, apesar de concordarem que, sem o ministério, o socialista fica longe dos holofotes. Ainda em 2007, o ex-ministro renunciou a prefeitura de Petrolina para ocupar, simultaneamente, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e a presidência do Porto de Suape, ainda no primeiro mandato de Eduardo Campos. FBC, agora, é discreto quanto ao futuro político.
Quanto à reunião com o governador, o socialista revela que é apenas para “definir o que vai acontecer daqui pra frente”. As especulações apontam que, caso ele não receba a confirmação para concorrer ao Governo do Estado, FBC poderá disputar uma cadeira no Senado ou, ainda, ser um dos coordenadores nacionais da campanha presidencial de Eduardo Campos. Independente das costuras que ficarem acertadas na reunião, FBC pretende passar os próximos 15 dias descansando junto à família.
“Eu estou entregando o ministério satisfeito e com o sentimento de gratidão. A presidente pediu para eu comentar sobre nossos assessores e colaboradores da pasta, e daí escolher o sucessor”, declarou Bezerra Coelho ao Diário de Pernambuco. O nome escolhido para assumir o Ministério foi o do secretário de Infraestrutura Hídrica Francisco José Teixeira, ligado aos irmãos Ferreira Gomes, do Ceará, que recentemente saíram do PSB para apoiar a reeleição da presidente em detrimento de uma candidatura própria do partido.Para FBC, a escolha de Francisco Teixeira é um indício de que a presidente pretende adiar a reforma ministerial. A decisão da presidente irritou a cúpula do PMDB, que esperava ver o senador Vital do Rego (PB) no cargo. Em conversa com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a presidente declarou que esse não era um bom momento para a reforma do ministério, que tem um orçamento previsto para o próximo ano de R$ 8 bilhões.
Blog do Banana
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