terça-feira, 8 de outubro de 2013

Socialista desabafa: “PT não vai separar Eduardo de Marina”



Um dos mais influentes interlocutores do pré-candidato a presidente da República, Eduardo Campos, Carlos Siqueira disse, há pouco, a este blogueiro, em Brasília, que o Partido dos Trabalhadores (PT) está tentando fazer a cizânia entre Eduardo e a ex-senador Marina Silva, que selaram um acordo para as eleições presidenciais do próximo ano. “Mas o PT não vai conseguir. Eduardo e Marina estão muito afinados”, afirmou Siqueira.

Primeiro-secretário nacional do PSB e presidente da Fundação João Mangabeira, Siqueira, que é pernambucano de Bom Conselho, mas está em Brasília desde 1985, concedeu a entrevista a seguir na sede da fundação socialista, no Lago Sul.

O PT vai conseguir dividir Eduardo e Marina?

“Já identificamos que tem muita gente no PT querendo atrapalhar a aliança do nosso candidato a presidente com Marina, mas ninguém vai conseguir, porque tanto Eduardo quanto Marina estão vacinados contra isso e com a compreensão de que os adversários farão de tudo para separá-los.

A aliança está fundamentada em princípios, em compromissos programáticos. Marina e Eduardo celebraram uma aliança para sepultar a velha política praticada no Brasil e isso certamente terá uma grande aderência por parte da sociedade”.

Setores do PT também deixam transparecer que não acreditam na chapa e que, não decolando Eduardo, a candidata será Marina. Pode ocorrer isso?

“De forma nenhuma. O candidato a presidente é o governador Eduardo Campos, que vai ter ao seu lado Marina Silva, seja como vice ou não, engajadíssima ao projeto nacional.

Durante os entendimentos de Marina com Eduardo ficou muito claro que a Marina caberá um papel que ela já vem cumprindo de forma efetiva, de trabalhar o nome de Eduardo como o seu candidato, o candidato da Rede.

O PSB assumiu, vale ressaltar, o compromisso de absorver todas as sugestões da Rede para enriquecer o seu programa de Governo na questão da sustentabilidade”. 

Quanto ao programa do PSB da próxima quinta-feira, já será para “bombar” o acordo Marina-Eduardo?

”Com certeza. Embora o tempo tenha sido exíguo para a produção do programa, o eixo central será em cima da aliança, com destaque também para o novo momento que o PSB vive no país, oxigenado com a entrada de Marina.”


Daqui a pouco, o senhor preside uma reunião com dirigentes da Rede para traçar o mapa eleitoral Estado por Estado. Onde essa aliança tende a prosperar?


“O que eu posso falar, neste momento, é das condições do PSB, porque não conhecemos ainda a situação da Rede no país. Vamos fazer esse mapa, daqui a pouco, com emissários de Marina com a intenção de mapear a realidade dos partidos em termos de candidaturas a governador.

O PSB tem potenciais candidatos em vários Estados e precisamos identificar os candidatos a Rede. Um deles, já sabemos, é o Walter Feldman, que tem reais chances de disputar o Governo de São Paulo. Outro também é o Alfredo Sirkis, este candidato a governador no Rio de Janeiro”.

Quanto ao PSB?

“Teremos candidatos fortes no Espírito Santo, em Minas Gerais, Alagoas, Pernambuco, Bahia, Goiás, Amazonas, Rio, Rio Grande do Norte, enfim, em várias unidades da Federação. Temos que ressaltar que nesta reunião veremos também a possibilidade de atrair outros partidos. Na Paraíba, por exemplo, poderemos ter o apoio do PSDB, assim como a legenda tucana tende a se aliar com o PSB no Pará”.

O senhor não caiu aqui no PSB de paraquedas. De onde vem a sua relação com o partido e o governador Eduardo Campos?

“Venho do movimento estudantil em Pernambuco, onde nasci, na cidade de Bom Conselho. Fui, inicialmente, filiado ao PCdoB, mas depois, com a volta de Arraes do exílio, eu passei para o PSB. Com o governador Arraes, trabalhei em seu governo, sendo secretário-adjunto do Trabalho.

Estou em Brasília desde 1985 e aqui, sempre ao lado de Arraes, com quem trabalhei na liderança do partido e na presidência nacional, fui designado para outras funções, como a de chefe de gabinete dos ministros Jamil Haddad (Saúde) e Sérgio Resende (Ciência e Tecnologia).

Estou, hoje, na primeira-secretaria nacional do PSB e presidindo a Fundação João Mangabeira. Tenho ligações históricas, portanto, com o PSB, e ainda em Brasília, o governador Eduardo me nomeou representante da Representação do Governo de Pernambuco. Hoje, cumpro missões partidárias delegadas pelo governador”. Do Blog  do Magno

Nenhum comentário:

Postar um comentário