Associações municipalistas passaram a quinta-feira dedicadas a
mobilizar os gestores municipais de Pernambuco a aderir à greve das prefeituras
na próxima semana, entre os dias 12 e 16. Encabeçado pela Associação
Municipalista de Pernambuco (Amupe) e o Consórcio de Desenvolvimento do Agreste
Meridional (Codeam), o protesto tem na mira o Planalto Central. Reinvidica do
governo Federal uma compensação financeira aos municípios que estão quebrando a
ponta do lápis para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) em meio ao
atual cenário.
Os prefeitos se queixam que a conta não fecha em razão da queda
substancial da arrecadação em virtude da política de redução do Imposto sobre
Produto Industrializado (IPI), quadro piorado pela seca no Nordeste.
Os presidentes dos seis consórcios municipais do Estado ficaram
responsáveis por contactar por telefone e fax os seus prefeitos em favor da
greve. Segundo o presidente da Codeam e prefeito de Palmeirina, Eudson Catão
(PSB), não há esperanças sequer no encontro da presidente Dilma nesta
sexta-feira com os governadores do Nordeste, em Salvador.
“Ela tem que fazer como o presidente Lula fez em 2010, com a
tromba d’água. Tem que vir aqui e pisar na lama. Se for esperar a legalidade e
burocracia, não haverá solução. Dilma só manda recurso para carros pipa e mais
nada. Falta sensibilidade da presidente com o sofrimento dos municípios na
seca”, acusou Catão, que diz ter feito diversos cortes na Prefeitura de
Palmeirina.
Em paralelo, os prefeitos estão procurando os órgãos que estão
fechando o cerco na fiscalização das contas municipais neste momento de
transição política, como o Ministério Público, o Tribunal de Contas e o
Tribunal de Justiça. Catão não sabe ao certo quantos municípios entrarão em
greve, mas o clima entre os seis prefeitos presentes na coletiva, nessa
quinta-feira, era de protesto.
Site: Grande Rio FM.
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