A
disputa por espaço político na base de apoio da presidente da República e na
consolidação das legendas como indispensáveis para a governabilidade deflagrou
uma guerra nos bastidores entre PMDB e PSB. O PMDB quer manter a
vice-presidência, com um repeteco da dobradinha Dilma Rousseff/Michel Temer em
2014, mas sabe que o crescimento do PSB do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos, é uma ameaça real e imediata a essas pretensões. Como resultado da
desconfiança mútua os dois partidos entraram numa guerra e passaram a disputar
palmo a palmo cada espaço dentro ou fora do governo.
A
disputa entre os dois partidos chegou também à presidência da Câmara. Henrique
Alves trabalha para arregimentar o maior número possível de votos a seu favor,
para que possa presidir a Casa do ano que vem a 2015. Ele tem o apoio dos
principais líderes do PT. Mas o PSB está na disputa. Com autorização velada de
Eduardo Campos, lançou a candidatura do deputado Júlio Delgado (MG) contra a do
peemedebista.
Em
retaliação, o PMDB abriu uma disputa pelo Ministério da Integração Nacional,
hoje nas mãos de Fernando Bezerra Coelho, homem de confiança de Eduardo Campos.
O partido considera-se sub-representado no governo de Dilma Rousseff. Reclama
de que seus ministérios - Agricultura, Assuntos Estratégicos, Minas e Energia,
Previdência e Turismo - não estão à altura da força que os peemedebistas têm
dado à presidente. O da Integração Nacional cairia bem, insinuam. As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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