Neste exato momento uma grande multidão se concentrão novamente nas ruas de São Paulo
São Paulo - Mais de 100 mil pessoas tomaram as ruas de ao menos dez capitais do Brasil nesta segunda-feira numa manifestação que inicialmente era contra a alta na tarifa do transporte público, mas agora já engloba uma série de insatisfações.
Desta vez, o combate à corrupção, as críticas à violência policial e até os gastos com a Copa do Mundo ganharam as vozes dos manifestantes e estavam estampados nos cartazes que carregavam durante uma onda de protestos turbinada pelas redes sociais e que há décadas não era vista no país.
Na maioria das cidades a manifestação era pacífica, mas no Rio e em Brasília havia sinais de confrontos com a polícia. Na capital federal, milhares de manifestantes protestavam em frente ao Congresso Nacional. Alguns deles tentaram invadir o Parlamento e foram contidos pela polícia, mas conseguiram subir no teto da marquise do Congresso.
Os protestos ganharam força e se espalharam principalmente depois da quinta-feira passada, quando a manifestação em São Paulo tornou-se violenta com confrontos entre policiais e manifestantes e denúncias de abusos que teriam sido cometidos pela Polícia Militar.
Em São Paulo, a concentração dos manifestantes ocorreu no Largo da Batata, zona oeste do município. Eles se dividiram e rumaram para Avenida Paulista e Marginal Pinheiros, num contingente estimado em 65 mil pessoas, segundo a Polícia Militar. "Estamos aqui por causa da insatisfação com a corrupção e o mau uso do dinheiro público. Isso é uma revolta que devia ter acontecido há muito tempo", disse um manifestante que se identificou apenas como Gustavo, de 34 anos, que estava enrolado em uma bandeira do Brasil.
"Isso é só o começo. Os protestos vão continuar até a Copa e, se não aceitarem nossas demandas, eles vão se intensificar", disse o bancário Rafael, de 23 anos, que também não quis dizer seu sobrenome. "O preço da passagem foi a gota que fez o copo transbordar." A gigantesca onda de manifestações em todo o país fez com que a presidente Dilma Rousseff se manifestasse por meio da ministra-chefe da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas.
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