terça-feira, 27 de agosto de 2013

Luta pelo controle do PT esquenta em Pernambuco.


Em um novo capítulo do racha interno pelo qual passa o PT de Pernambuco, o senador Humberto Costa e o deputado Federal João Paulo, que hoje controlam o diretório estadual, deram início a um mapeamento para verificar as chances que o candidato da Corrente para um Novo Brasil (CNB), Bruno Ribeiro, tem para ganhar o Processo de Eleição Direta (PED) e onde será necessário concentrar esforços para ganhar o voto da militância. O temor é que a deputada federal Teresa Leitão, que comanda o Coletivo PT Militante, que é ligada ao ex-prefeito do Recife, João da Costa, consiga ganhar musculatura e venha a assumir o controle do diretório estadual.

O racha interno do PT começou quando, ao tentar se lançar candidato à reeleição do Recife no último pleito municipal, o então prefeito João da Costa entrou em conflito com a direção da legenda. Como João da Costa não recuou em sua postulação, a direção nacional interviu e lançou o nome do senador Humberto Costa como o candidato escolhido pelo partido para disputar a Prefeitura do Recife. Não foi suficiente. O PT amargou a sua pior derrota em capitais, quando o ex-secretário de Desenvolvimento Econômico estadual, Geraldo Júlio (PSB-PE), se elegeu ainda no primeiro turno, com o apoio do Governador Eduardo Campos (PSB).

Depois de 12 anos à frente do comando da capital, a perda do Executivo recifense levou a um racha interno, onde os grupos controlados por Humberto Costa e João Paulo responsabilizam o grupo de João da Costa pela derrota e vice-versa. A cizânia, que ainda não se resolveu e nem dá mostras de que vai arrefecer, poderá levar o Partido dos Trabalhadores a possuir um palanque de apoio enfraquecido em torno da reeleição da presidente Dilma, além de colocar em risco a formação de uma chapa competitiva para disputar o Governo do Estado em 2014.

Caso o PED não consiga estabelecer o consenso interno, o Partido dos Trabalhadores em Pernambuco pode vir a ser protagonista de uma posição nada desejada nas eleições de 2014: a de coadjuvante. (Politica e Cidadania)


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