quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A ordem é constranger

Uma semana já se foi que o governador Eduardo Campos entregou os cargos que o PSB ocupava em Brasília e o PT continua sem disposição para fazer o mesmo em relação ao espaço que detém não apenas em Pernambuco, mas em várias unidades da Federação.

Na semana passada, o núcleo petista comandado pelo senador Humberto Costa chegou praticamente fechar uma posição favorável pela devolução dos cargos, mas, estranhamente, recuou.
É que de Brasília veio à recomendação expressa do presidente nacional da legenda, Rui Falcão, para não largar o osso até orientações posteriores. Na verdade, parece clara a estratégia do PT de forçar Eduardo a tomar os cargos e com isso criar um ambiente de hostilidade do PSB ao PT no Estado.
Só que o governador tem forte influência sobre uma corrente petista, integrada pelo secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, e o secretário-adjunto de Agricultura, Oscar Barreto. Estes são, na verdade, cão de guarda do governador dentro do PT e não permitirão que o partido tome qualquer iniciativa que possa constrangê-lo ou deixa-lo mal na foto.
Provocado a tratar do assunto, Eduardo chegou a dizer que, em nenhum momento, forçaria o PT a entregar os cargos, mas deixou o partido a vontade para tomar a iniciativa que julgasse mais apropriada.
Não dá para compreender que, após o PSB divorciar-se do Governo Lula formalmente tenha ambiente em Pernambuco ou em qualquer Estado para conviver como aliados e parceiros harmônicos.
Até porque o simbolismo da devolução da expressiva fatia de poder que o PSB detinha no plano federal só tem uma definição: rompimento.
Que não está passado em cartório em razão de o governador seguir os ensinamentos do livro de Eclesiastes, que ensina sabiamente os conselhos de que há tempo para tudo. (Da coluna de hoje do Blog do Magno). 

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