terça-feira, 10 de setembro de 2013

Eleições 2014: Armando condena declarações de socialistas

Armando
As declarações de socialistas de que a “dívida” do partido com o PTB já estaria quitada com o apoio à eleição ao Senado de Armando Monteiro Neto repercutiram mal entre os petebistas. Pré-candidato ao governo e alvo das críticas, Armando Monteiro considerou o comentário “arrogante e enviesado”.  “Até por terem sido colocações em off, prefiro não repercutir”, disse o líder petebista. Ainda assim, o senador classificou o fato como “fora de propósito”. “São afirmações pequenas, de alguém sem compreensão do processo”, avaliou.
Apesar da tensão que marca a relação entre o PSB e o PTB nos últimos dias, Armando não considera que o clima entre os partidos é de pré-rompimento. “Existe algo que sempre incomodou que é a nossa posição autônoma. Temos nossas próprias visões, que podem incomodar certos setores, mas isso não vai nos desviar da nossa rota.”

Na edição do JC do sábado, fontes palacianas, que preferiram não se identificar, afirmaram não ter havido gesto maior a Armando do que a indicação ao Senado, em detrimento de uma candidatura do PSB (Fernando Bezerra Coelho), que estava em melhores condições nas pesquisas.

Diferentemente do Armando, outros petebistas preferiram responder na mesma moeda. “Enquanto eles estiverem falando em off, vão receber respostas em off”, disse ontem um representante do partido. “É preciso acabar essa história em Pernambuco de que o PSB pode tudo e os seus aliados não podem nada”, cravou. Segundo ele, a briga de bastidores que se desenrola entre os dois partidos não foi provocada pelo PTB. “Se tem um partido que tem um projeto pessoal é o PSB. Eles querem ter candidato a presidente, a governador e a prefeito”, critica.

Já o secretário-geral do PTB no Estado, deputado estadual José Humberto Cavalcanti, preferiu um discurso mais diplomático. “A dimensão de um partido ou a postulação de uma candidatura não podem ser avaliadas assim. Se (Armando Monteiro) foi indicado pelo conjunto das forças (da Frente Popular), é porque tinha valor. Tanto é que teve a votação que teve”, ponderou, referindo-se ao fato de o líder do PTB ter sido o senador mais votado nas eleições de 2010, à frente de Humberto Costa (PT).

O deputado lembrou ainda que, em 2010, o apoio do governo federal foi “fundamental” para o êxito da chapa Eduardo, Armando e Humberto. “Não aceitamos exclusão nem veto. Como o PTB tem um nome (para o governo) que é bem visto, talvez estejamos sendo alvo de uma ação para nos diminuir”. (Jconline/foto).


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