quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Soninha lamenta ida de Marina Silva para o PSB


O discurso da “nova política” pregado pelo governador Eduardo Campos (PSB) é interpretado pela ex-vereadora Soninha Francine (PPS-SP) mais como boa vontade política do que por seus efeitos práticos. Contudo, a pós-socialista afirma acreditar que é possível governar fazendo concessões, sempre tendo à frente, porém, uma postura ética.Soninha chega ao Recife nesta quinta-feira (24) e participa de um debate, tendo como pano de fundo a costura de apoios para selar seu nome como candidata do PPS à Presidência da República.


Questionada sobre a necessidade de se empreender um novo modelo de fazer política, defendido pelo governador, Soninha foi taxativa ao afirmar que não é possível criar partidos em que todas as pessoas sejam 100% honestas. “Isso não existe em nenhuma organização que tenha seres humanos”, crava.

Segundo ela, nunca vai se estabelecer uma nova política que se pretenda ser um espaço em que todas as pessoas concordem o tempo todo, onde ninguém tenha uma conduta questionável, não queira pisar no “pescoço do outro” e não se cometa absurdos dentro de uma aliança.

Com relação à aliança Eduardo-Marina Silva, Soninha avalia que a união foi uma perda para o PPS, uma vez que havia a possibilidade de a ex-senadora integrar os quadros da sigla. “Muita gente no partido tinha ela [Marina] como a preferida das alternativas, mas Eduardo foi hábil e surpreendeu todo mundo”, resigna-se.

Ainda sobre a adesão da ex-senadora ao Partido Socialista Brasileiro, a pós-socialista afirma que a neossocialista hesitaria em migrar para uma legenda que tem posicionamento de clara oposição ao Partido dos Trabalhadores. “Assumir uma posição de confronto contra o PT seria muito difícil para ela, que tem suas raízes naquele partido”, analisa Soninha.

Indagada sobre o motivo de as negociações para ingresso do ex-governador José Serra (PSDB) ao PPS não terem avançado, Soninha afirma que por mais que o PSDB seja uma “colcha de retalhos”, seria difícil para o tucano sair de um partido que ajudou a fundar e migrar para uma sigla menor, com pouca estrutura de percorrer o Brasil com sua campanha presidencial.


JC Online.

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