terça-feira, 12 de junho de 2012

O PT perdeu as condições de liderar uma eleição e um governo, diz Eduardo Campos


Para o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, o PT perdeu as condições de liderar uma eleição e um governo. A afirmação foi feita em meio às especulações de que os socialistas podem lançar um nome próprio para concorrer ao pleito de outubro. Rumores não confirmados pelo gestor nesta terça-feira (12).
"Essa situação vivida por um partido importante da Frente Popular tira as condições do PT de liderar uma eleição e, mais, um processo de governo. Para liderar um governo é preciso ter união política na sua base", asseverou.
Sem alarde, o governador está conversando com siglas da Frente Popular para analisar o cenário e decidir pelo lançamento de um nome próprio. Na semana passada,  o socialista colocou quatro cartas na mesa ao exonerar quatro secretários do seu governo: Tadeu Alencar (Casa Civil), Sileno Guedes (Articulação Política), Geraldo Júlio (Desenvolvimento Econômico) e Danilo Cabral (Cidades), este último o mais cotado nos bastidores para ser o candidato socialista, caso o PSB lance um nome próprio.
"A primeira pergunta que tenho feito é: qual é a unidade política? Essa unidade é em torno de que projeto para a cidade? Já vi eleições com unidade e sem unidade. Já vi unidades verdadeiras e unidades não verdadeiras". E lembrou: "não queremos unidade a qualquer custo. Queremos algo que anime a cidade".
Eduardo rodeou, rodeou e não respondeu ao ser questionado se, na opinião dele, Humberto reúne condições para reunificar a Frente.  "Nomes isolados dizem muito pouco neste momento. Tivemos nomes excelentes que foram lembrados neste processo, inclusive o do senador Humberto", afirmou.
ENTENDA O CASO - Há cerca de dois meses o PT no Recife vive uma das suas maiores crises internas. João da Costa luta pelo direito, como ele chama, de disputar a reeleição. Correligionários, entretanto, o querem fora da disputa com o argumento de que ele não conseguirá reunificar o próprio partido nem a Frente Popular, onde algumas lideranças também rejeitam a candidatura do prefeito, como o senador Armando Monteiro (PTB).

No fim das contas, a Executiva Nacional do partido - com a bênção do ex-presidente Lula e do presidente nacional do PT, Rui Falcão - impôs o nome do senador Humberto Costa para ser o candidato petista. Entretanto, desde a decisão, na semana passada, nenhum partido da Frente Popular anunciou acordo aos petistas. Enquanto isso, o prefeito João da Costa entrou na segunda (11) com um recurso no Diretório Nacional da sigla - instância máxima - contestando a imposição da Executiva.

Em meio a este cenário, o PSB estuda lançar um candidato próprio.

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