O PSB convocou uma coletiva na sede do diretório estadual, no Espinheiro, e informou que não ficará a reboque da decisão do Partido dos Trabalhadores. Para tanto, deu início a um ciclo de debates, que começou internamente, e se estenderá aos aliados da Frente Popular. O primeiro a ser convocado pelo presidente estadual, Sileno Guedes, foi o vice-prefeito Milton Coelho.
Ainda hoje o grupo se reunirá com o governador Eduardo Campos, que retorna nesta noite do Rio de Janeiro. O encontro é para definir quais os próximos passos do PSB nesse novo cenário eleitoral. Eduardo dirá aos companheiros qual a melhor opção. Se vai aceitar a vice na chapa do senador Humberto Costa, ou se sairá em faixa própria, com o apoio do bloco alternativo, que tem como líder o senador Armando Monteiro Neto (PTB).
Para isso, terá que tomar algumas medidas. A primeira delas será afastar alguns dos seus auxiliares para ter cartas nas mangas caso venha precisar mais tarde. É que o prazo para a desincompatibilização de quem ocupa cargo público e deseja disputar a eleição majoritária deste ano se encerra amanhã. Até a meia noite, o Diário Oficial do Estado terá que estar confeccionado com as devidas indicações de Eduardo.
Sileno confirmou modificações no primeiro escalão do Governo do Estado e disse, em tom de brincadeira, que as exonerações serão anunciadas amanhã no Diário Oficial. Leia-se a sua própria e a do secretário das Cidades, Danilo Cabral, os mais cotados dentro do partido para as eleições deste ano.
Mais cedo o senador Humberto Costa confirmou ao blog que o PSB iria indicar a sua vice e não descartou o nome de Sileno. Quanto a isso, o socialista disse apenas que “são possibilidades”. “O primeiro passo já demos, foi o de iniciar esse ciclo interno de debates. O próximo será procurar os partidos da frente, já que o problema do PT não foi estancado”, adiantou Sileno. Na sua avaliação, a unidade não está instalada, mesmo depois da indicação de Humberto.
“Estamos a quatro dias das convenções. Repeitamos, desde o início, a condução do processo eleitoral pelo PT, mas não existe um alinhamento. Nós não estamos submetidos à executiva nacional do PT”, avisou o dirigente estadual. O vice-prefeito Milton Coelho também não quis aprofundar a discussão da vice do PT. Mas, de forma breve, alinhavou que Sileno seria uma boa alternativa para compor com o aliado petista. “Se precisar mexer em alguns companheiros, a gente vai mexer”, falou, se referindo a exonerações no Governo de Eduardo.
Rivânia Queiroz
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