O deputado estadual Odacy Amorim recebeu com naturalidade uma
suposta vinda do ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, para
o seu partido, o PT. Apesar de FBC, por meio de sua assessoria, ter rebatido os
rumores ao atribuir de “má fé” tais especulações, Odacy ressaltou que “não haveria problemas”
se isso, de fato, acontecesse.
“Até porque se ele viesse,
estaria vindo através de uma discussão com Lula e a presidente Dilma, e o PT
tem tido uma flexibilidade muito grande, principalmente o PT de Petrolina, em
manter o Brasil nessa linha que já vem há dez anos”,declarou o
parlamentar, ontem (6), durante ato público em defesa dos direitos das
mulheres, no bairro Mandacaru. Odacy
avaliou, no entanto, que essa questão ainda deve ter muitos desdobramentos, até
porque o PSB do governador Eduardo Campos não estaria disposto a abrir mão de
um quadro como FBC tão facilmente.
Perguntado
como ficariam as forças do PT de Pernambuco que também pleiteiam disputar o
Palácio do Campo das Princesas, uma vez que a presidente Dilma Rousseff já
teria acenado que apoiaria o ministro numa disputa contra os socialistas em
2014, o deputado foi direto. Afirmou que todas essas hipóteses serão discutidas
num encontro da cúpula do PT, neste domingo (10) no Recife, mas garantiu que a
vinda de FBC, caso se confirmasse, receberia o apoio do senador Humberto Costa
e do deputado federal João Paulo.
“Primeiro ele (FBC) tem que se
decidir se quer mesmo (ir para o PT)”, afirmou Odacy, que não descarta os
rumores a uma estratégia dos aliados do ministro para valorizarem o passe dele
dentro do PSB, pois Eduardo teria outros nomes preferidos em sua lista
sucessória – a exemplo do secretário Tadeu Alencar (Casa Civil).
Com
FBC novamente
Sobre uma possível candidatura de Eduardo a presidente, o
parlamentar reconheceu a boa avaliação do socialista no país e seu prestígio
político. No entanto, prefere acreditar que o governador, no momento final de
sua decisão, reforce o palanque de reeleição de Dilma. “Não
gostaríamos de perder esse alinhamento com o PSB”, ressaltou.
Odacy também foi categórico ao explicar que conviveria novamente
com o ministro em uma legenda, se ele confirmasse sua vinda ao PT. E justificou
que sua polêmica saída do grupo do ministro, há dois anos, só aconteceu porque
sentiu que “estava
incomodando” quando insistiu que seu ex-partido tratasse do nome
que disputaria a Prefeitura de Petrolina em 2012. Odacy sonhava com a indicação
dos socialistas. “Sou uma pessoa que acredita em
visão de grupo. Torço pela unidade e que Fernando e Eduardo estejam juntos com
Dilma em 2014”, concluiu.
(Do Blog do Carlos Britto)
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