Parlamentares das
bancadas dos Estados do Rio de Janeiro e do Espírito Santo abandonaram a sessão
do Congresso Nacional que discute o veto da presidente Dilma Rousseff a uma
nova distribuição dos royalties do petróleo em áreas já licitadas. Eles
questionam a condução da sessão feita pelo presidente Renan Calheiros
(PMDB-AL), que tem interrompido discursos e impedido medidas de obstrução
dessas bancadas.
Os
parlamentares pretendem entrar com novo mandado de segurança no Supremo
Tribunal Federal (STF) pedindo a anulação da sessão.
A retirada do plenário aconteceu depois que o senador Lindbergh
Farias (PT-RJ) discutiu com o presidente do Congresso. Ele reclamou da
interrupção dos discursos e conclamou os colegas de bancada a abandonar o
plenário. Os parlamentares saíram do plenário com gritos de “Fora Renan”.
Coordenador da bancada do Rio de Janeiro, o deputado Hugo Leal
(PSC) disse acreditar que seja possível anular a sessão no STF. “Nós,
das bancadas do Rio de Janeiro e Espírito Santo, não podemos compactuar com o
que está acontecendo. Essa sessão é absurda, antirregimental, ilegal e
ilegítima”.
O deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ) afirmou que será feito um
mandado de segurança coletivo dos parlamentares pedindo a anulação. Afirmou
ainda que as bancadas não aceitam mais sessões do Congresso presididas por
Renan Calheiros. “Não participamos mais de
nenhuma sessão do Congresso presidida por Renan. O que ele está fazendo é um
absurdo”.
O
movimento não incluiu todos os parlamentares, visto que os deputados Otávio
Leite (PSDB-RJ) e Cesar Colnago (PSDB-ES) ocuparam a tribuna logo em seguida. A
sessão prossegue e Renan Calheiros mantém a rigidez no controle do tempo dos
oradores.
Rio
de Janeiro
No início da noite, o deputado Alessandro Molon (PT-RJ) e uma
comitiva de parlamentares do Rio de Janeiro foram ao Palácio do Planalto para
pedir à ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, que
convencesse o governo a antecipar receitas aos Estados não produtores de
petróleo. “É uma
proposta de acordo, que é manter os contratos já firmados e pedir que o governo
federal antecipe aos não produtores a receita que eles vão receber daqui a
cinco ou seis anos, quando os campos novos começarem a produzir”, explicou Molon.
Em seguida, o governo federal não avalizou a proposta
encaminhada pela bancada do Rio de Janeiro ao Planalto de antecipação de
receita aos Estados não produtores em troca da não derrubada do veto da
presidente Dilma Rousseff ao projeto que trata dos royalties do petróleo. “A
ministra Ideli (Salvatti) disse que o governo federal já expressou sua posição
por meio do veto da presidente Dilma e que a questão, agora, está na mão do
Congresso“, contou Molon. (Fonte: Estadão)
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