O Conselho Federal de Medicina (CFM)
classificou como “eleitoreiro,
irresponsável e desrespeitoso” o anúncio feito pelo governo de
contratar médicos cubanos para atuar no País. Por meio de nota, o órgão afirmou
que vai recorrer às “medidas
judiciais cabíveis” para barrar a ‘importação’ dos profissionais.
“O CFM condena de forma veemente a decisão
irresponsável do Ministério da Saúde que, ao promover a vinda de médicos
cubanos sem a devida revalidação de seus diplomas e sem comprovar domínio do
idioma português, desrespeita a legislação, fere os direitos humanos e coloca
em risco a saúde dos brasileiros“, afirmou a entidade.
O anúncio, de acordo com o CFM,
evidencia a real intenção do governo de “abrir
as portas do País para profissionais formados em Cuba, sem qualquer avaliação
de competência e capacidade”. A avaliação do conselho é de que o
programa Mais Médicos, com “prazos inexequíveis e falhas de sistemas”, desde
sua concepção já apontava para o desfecho anunciado.
“Alertamos
à sociedade que o Brasil entra perigosamente no território da pseudoassistência
calcada em evidentes interesses pessoais e políticos eleitorais. Todos os
brasileiros devem ter acesso ao atendimento universal, integral, gratuito e com
equidade, conforme previsto pela Constituição ao criar o Sistema Único de Saúde
SUS“, afirmou o CFM.
Sem surpresa
O presidente da Associação Médica
Brasileira (AMB), Florentino Cardoso, também criticou a medida e disse que o
acordo já era esperado. “Este
convênio não é surpresa. Desde que o governo lançou o Mais Médicos, a gente
sabia que o foco era trazer médicos formados em Cuba, brasileiros ou não”.
De acordo com o dirigente, a classe já
planeja resposta na Justiça para tentar barrar o convênio. “O
próximo passo é tentar evitar judicialmente que isso ocorra. Ainda precisamos
ver qual é o melhor instrumento legal para usar”, diz. (Fonte: Estadão)
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