A
forte pressão que a escalada do dólar colocou sobre a Petrobras forçou uma
mudança de planos no governo federal, que deve conceder um reajuste nos preços
da gasolina e do óleo diesel ainda neste ano. O ‘Estado’ apurou que o reajuste
deve ficar na casa de um dígito para os dois produtos, mas o martelo ainda não
está batido quanto ao momento ideal para a alta nos preços.
Este
foi o principal assunto tratado ontem (21), pela presidente da estatal, Maria
das Graças Foster, e a presidente Dilma Rousseff, em encontro fechado no
Palácio da Alvorada, do qual participaram também os ministros da Casa Civil,
Gleisi Hoffmann, e do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A avaliação
consensual é que o preço do barril de petróleo, definido pelo mercado
internacional, não deve ceder no curto prazo, algo que suavizaria o custo com
as importações.
O
reajuste nos preços já foi solicitado formalmente pela Petrobras ao governo, e
serviria para reduzir a diferença entre o custo do combustível comprado pela
estatal no exterior e aquele vendido nos postos de gasolina no Brasil. A
explosão do dólar nos últimos dias, que fechou a R$ 2,436 nesta quarta,
aumentou esse diferencial – a Petrobrás precisa gastar mais reais para adquirir
a mesma quantidade de combustível, cotado em dólar.
No
ano passado, a presidente da Petrobrás indicara que a estatal contava com um
reajuste de 15% no preço da gasolina em 2013, de forma a viabilizar suas
obrigações financeiras para este ano. Em fevereiro, como antecipou o ‘Estado’
na época, o governo concedeu uma alta de 6,6% na gasolina, e de 5,4% no óleo
diesel. O quadro econômico ficou ainda mais complicado nos últimos meses,
diante da alta do dólar, reconhece o governo, mas um reajuste de dois dígitos
para compensar as perdas está praticamente descartado. (Fonte: Estado de
S.Paulo)
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