Após a repercussão negativa da série de declarações de Marina Silva sobre o futuro do PSB nas eleições de 2014, em detrimento ao projeto de Eduardo Campos, o partido reagiu publicamente em defesa do governador de Pernambuco. Em entrevista à Folha, a ex-senadora recém-filiada ao partido disse que tanto ela quanto Campos são “possibilidades” para a disputa.
“Não tem isso de discutir lá na frente posição na chapa. A candidatura posta é a de Eduardo e ela vai até o dia da eleição. A cabeça de chapa se chama Eduardo Henrique Accioly Campos e esse será o nome na urna no dia da eleição”, afirmou o secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira, segundo reportagem da Folha.
O senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF) também negou a possibilidade de que o governador possa vir a ceder a vaga a Marina, a depender das circunstâncias.
“Os que apostarem em uma disputa entre Eduardo e Marina vão perder. Não tenho nenhuma dúvida de que a Marina fez opção pela candidatura do Eduardo, e essa candidatura vai até o fim.”
Só nesta quarta-feira, Marina estampo a capa de três jornais com mensagens negativas à imagem de Eduardo Campos.
Na Folha, Marina se colocou como candidata à presidência, negando o que havia dito no próprio sábado, quando o pacto Rede-PSB foi anunciado. No Globo, contestou alianças pragmáticas de Campos e disse que “não há lugar para inimigos históricos” em seu partido, referindo-se a Ronaldo Caiado, (DEM-GO) como se o PSB já fosse dela.
No Estado de S. Paulo, mais grave ainda, confirmou ter dito que seu movimento visava combater o “chavismo” do PT. “Quando me referi à ideia do chavismo foi no espaço do comportamento político, de que não possa prosperar outra força política”, disse ela.
O falatório, além de constranger o partido, também já causou rachas em alianças. O DEM de Ronaldo Caiado retirou o apoio a Eduardo Campos em 2014. O líder do Democratas na Câmara dos Deputados rebateu através de nota os ataques a ele perpetrados. “É preocupante que alguém que postula a Presidência da República seja intolerante e hostil exatamente ao setor mais produtivo da economia, responsável por 23% do PIB e por mais de um terço dos empregos formais do país”, disse Caiado, ao sugerir que a crítica direcionada a ele reflete o “preconceito” da líder da Rede Sustentabilidade com os produtores rurais brasileiros. (Brasil247)
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