quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Secretário de Agricultura enfrenta fúria de pipeiros que alegam até 6 meses de atraso no pagamento dos pipas

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Na região para participar do SemiáridoShow 2013, o secretário de Agricultura de Pernambuco, Aldo dos Santos, não imaginava que a Operação Pipa era tão complicada no Sertão do São Francisco. Pipeiros, agricultores da zona rural e usuários querem explicações sobre atraso nos pagamentos dos pipas. Pipeiros relatam que têm seis meses sem receber um real do Governo do Estado.
 
O secretário garante que seis milhões foram dispensados nos últimos meses para o pagamento dos carros pipas e que apenas o mês de outubro, relativo à distribuição de setembro está em aberto, com o pagamento em andamento. “São 624 pipas no Estado, e podem aparecer 20 ou 30 que apresentem problemas na documentação”, justifica, mesmo com a insistência de pipeiros que relatam meses sem o pagamento. “Só existe o atraso de um mês, referente 15 de setembro a 15 de outubro”, pontua.
 
No Sertão pernambucano, segundo o secretário, têm 240 pipas circulando, em Petrolina 63 veículos disponibilizados pelo Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e 26 do Exército abastecendo o interior do município. “A orientação é que todo o cronograma seja obedecendo para não haver favorecimento nem interferência política na distribuição da água”, informa que um novo sistema “referenciado”, com cartões eletrônicos, está sendo adotado para intensificar a fiscalização da rota dos veículos dispostos à comunidade rural, de forma que faça valer o decreto do Governador Eduardo Campos. “É preciso ir água pra quem mais precisa”, reforça o secretário.
 
Diante de depoimentos de que há atraso no repasse dos salários aos pipeiros, o secretário retrucou que os pipeiros em atraso são os que estão com problemas na documentação.  “Estamos disponíveis para verificar a situação de cada pipeiro e veículo para que ele se certifique da atualização na documentação. É só buscar informações junto, ao IPA ou a secretaria de agricultura”.
 
Inconformada com a alegação do secretário, Daniela da Silva, de Santa Cruz da Venerada, ratifica que ela está com documentos em dias e tem seis meses sem receber. “Abasteço o carro tenho uma família para sustentar”, reclama. Geraldo Pereira de Ouricuri também não se conforma. “Ainda tem gente que diz que vai votar no candidato porque colocou uma carrada de água na cisterna”, alega que políticos na região se favorecem com a chamada “indústria da seca”.
 
Ao reforçar as reclamações, o representante da categoria, Braz Nascimento, diz que “o problema de documento muitas vezes é de responsabilidade na condução da gerência regional, a transmissão de dados daqui para Recife muitas vezes tem falha humana ou o sistema superlotado. O secretário deve cobrar mais de sua equipe”. (Site da Grande Rio FM)
 

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