Gonzaga defende que Exército coordene restante das obras da transposição

 

Ratificando as críticas que já fez em relação a ações do Governo Dilma para tentar minimizar os efeitos da estiagem, o deputado federal Gonzaga Patriota (PSB-PE) voltou a centrar o discurso sobre o tema. Ontem (12), no plenário da Câmara, o parlamentar defendeu que o restante das obras da transposição do Rio São Francisco seja entregue ao Exército Brasileiro.

Gonzaga mencionou o convite que recebeu do general de brigada Carlos Alberto Maciel Teixeira – Comandante do 1º Grupamento de Engenharia de Construção do Exército – para percorrer, em comitiva, os estados da Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Paraíba (beneficiados pela transposição).

E pelo que viu, junto com outros integrantes da comitiva, o 1º Grupamento está com as obras sob controle, em relação ao Eixo Norte do projeto, em Cabrobó (PE), à outra tomada d’água, do Eixo Leste, em Floresta (PE) que deve ser concluída dentro do prazo (até dezembro próximo). Mas o parlamentar pernambucano contatou, por outro lado, que as demais obras – parte desses dois canais de integração do Rio São Francisco com outros rios em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba – estão caminhando a passo de tartaruga ou simplesmente paralisadas. “Nós nos perguntamos: por que o governo não entrega essas obras ao Exército?”, comentou.

Ainda de acordo com o deputado, basta o governo instalar quatro bombas nas tomadas de água dos canais dos Eixos Leste e Norte, e concluir pouca coisa que falta nos canais de partida do Rio São Francisco, para levar água a quem mais está precisando neste momento.

Pedido

Ressaltando que investimentos como esses e também em obras como a Adutora do Pajeú são “menos vergonhosos” que os carros-pipa, Gonzaga aproveitou seu discurso para fazer um pedido ao colega Paulo Pimenta (PT-RS), que também fez parte da comitiva. “Peço ao deputado que ajude na liberação dos recursos do OGU (Orçamento Geral da União), para aceleração desses programas da região Nordeste, pois, este ano, menos de um quarto dessas verbas foi liberada”, finalizou.